Um dos grandes jargões utilizados hoje em tecnologia é o que chamamos de Cloud Computing. Sem dúvida essa forma de abordarmos TI trás benefícios consideráveis como transformar investimentos e ativos em despesas operacionais, redução do TCO (Custo Total de Propriedade), da mão-de-obra especializada entre outros. Algumas empresas nasceram e cresceram em cima desse modelo, como a Salesforce.com, e outras tantas estão apostando alto nesse novo modelo de negócios. Mas será que esse modelo só trás vantagens? Será que os provedores desse tipo de serviço estão preparados para lidar com regras de compliance e todas as regulamentações existentes? O que aconteceria se esse mesmo provedor de serviços tivesse que fechar as portas por motivos financeiros? Como os seus clientes iriam ficar?
Imaginem uma situação onde a regulamentação requer que os logs e meta-dados sejam armazenados por um período de até três anos. Se o provedor de serviço fecha as portas, como ficam esses dados? Eles irão “repassar” todos esses dados pros seus clientes orfãos? O problema parece ser maior do que muita gente imagina e esses riscos inerentes não são nem considerados na hora de assinar um contrato com esses provedores, onde geralmente a grande preocupação é com SLA e a disponibilidade operacional. Dependendo do tipo de regulamentação que a empresa está sujeita, ela pode se encontrar em uma situação delicada onde precisará fornecer dados de compliance que ela simplesmente não possui para atender as auditorias das regulamentações vigentes.
A partir do momento em que as empresas começarem a perceber o risco que estão correndo em se tornarem usuárias de empresas de SaaS pequenas, acredito que um grande movimento de migração desses serviços para as grandes empresas de SaaS como IBM e Amazon.com, de forma que elas se sintam mais seguras e confortáveis tendo uma empresa de grande porte sustentando essa operação e reduzindo assim os seus riscos inerentes a esse tipo de serviço. Mas aí, o que vai acontecer com as pequenas e médias empresas?